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Estresse pode levar a prejuízos neurais

Postado em 17/09/2019



O estresse é um problema que acomete praticamente todas as pessoas em ao menos algum momento da vida, e os danos que ele causa à saúde têm sido estudados por diversos especialistas da área médica. Em pesquisa recente, cientistas coreanos relacionaram esse tipo de esgotamento à morte de células-tronco neurais hipocampais adultas, ligadas à neurogênese, processo de formação de novos neurônios. Os dados do trabalho, publicados na última edição da revista Autophagy, poderão, segundo os autores, ajudar no desenvolvimento de novas terapias para doenças como o Alzheimer e o Parkinson.

 

O estresse crônico já foi associado à depressão, esquizofrenia e doenças neurodegenerativas. No entanto, os mecanismos relacionados aos danos de funções cerebrais possivelmente provocados pela estafa mental ainda não são bem conhecidos. “Estudos anteriores mostram que a geração de neurônios é muito menor em camundongos estressados, e que a apoptose, uma via de ‘suicídio’ celular (para reestruturação), não é detectada em células-tronco neurais hipocampais adultas (NSCs) desses animais. Isso levou à conclusão de que a morte celular não está relacionada à perda de NSCs durante o estresse”, destaca, o artigo,  do Departamento de Cérebro e Ciências Cognitivas no Instituto de Ciência e Tecnologia Daegu Gyeonbuk, na Coreia do Sul.

 

Depressivos ficam mais vulneráveis:

O estresse cotidiano pode gerar danos à saúde cardíaca, principalmente em indivíduos depressivos. É o que mostra um estudo norte-americano publicado, em maio, no Journal of the American Heart Association. Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram 43 adultos sem problemas cardiovasculares, com vida ativa e não tabagistas, considerando também sintomas de depressão.

A equipe detectou que aqueles que tinham passado por situações recentes de estresse apresentaram pior função endotelial, sendo que os indivíduos com sintomas de depressão obtiveram resultados ainda piores. O estudo frisou que eles também experimentaram mais estresse e o classificaram como sendo mais severo do que adultos saudáveis não deprimidos, o que confirma a ligação entre estresse e depressão.

 

Para entender melhor os dados relacionados ao estresse e aos danos neurais, os cientistas usaram NSCs derivadas de roedores geneticamente modificados para serem analisados em laboratório. A equipe descobriu que, mesmo em situação de estresse, a morte das células-tronco do hipocampo é evitada e as funções cerebrais normais são mantidas quando o Atg7, um dos principais genes autofágicos, é deletado.

 

A autofagia é um processo celular para proteger as células de condições desfavoráveis por meio da digestão e da reciclagem de seus materiais internos. Desse modo, pode-se remover componentes intracelulares tóxicos ou antigos e obter nutrientes e metabólitos para a sobrevivência. No entanto, sob certas condições, a autofagia se transforma em um processo de autodestruição, levando à morte celular autofágica. É uma forma de morte celular distinta da apoptose, que é um processo de reestruturação, ou seja, mais positivo.

 

Pesquisadores acreditam que mais estudos poderão ajudar no melhor entendimento sobre o processo observado.

 

Os especialistas relataram que esperam ser capazes de desenvolver tratamentos de doenças mentais muito mais rápidos e eficazes em uma pesquisa conjunta com a Biblioteca Nacional Chinesa, quando vão desenvolver o inibidor de SGK3, que se mostrou o mais significativo em relação à autofagia.

 

O certo é que não devemos nos aborrecer, principalmente, com pequenas coisas.

 

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